Indústria 4.0: a quarta revolução industrial

Depois de mais de 300 anos de evolução da indústria, o setor passa a adotar soluções cada vez mais sofisticadas, com sistemas autônomos e sistemas de informação integrados. Com tecnologias como Inteligência Artificial, Big Data, Machine Learning e computação em nuvem, o momento atual está sendo conhecido como 4ª Revolução Industrial, ou Indústria 4.0.

Mas ainda são poucas as indústrias que caminham em direção a este modelo, visto que exige muito investimento, especialmente em profissionais qualificados. No entanto, é importante observar que, assim como em outros momentos da história, aqueles que saem na frente da adesão às novas tecnologias tendem a se tornar mais competitivos no mercado.

Por isso, nesse post vamos te explicar o que mudou nos últimos três séculos e como esses novos recursos podem beneficiar a sua empresa.

As quatro revoluções: da Indústria 1.0 a 4.0

Cada revolução industrial é marcada por grandes mudanças no modelo de trabalho e na capacidade de produzir oferta e demanda.

Primeira Revolução Industrial

No fim do século 18, o mundo viu a primeira delas, marcada pelo início da industrialização na Europa. Na época as inovações tecnológicas contemplavam o setor têxtil, com a criação de máquinas de tear e a vapor, mecânicos e hidráulicos.

Logo esses equipamentos passaram a ser utilizados pelos meios de transporte, com a criação dos primeiros trens e automóveis. Outros setores impactados foi a metalurgia e a agricultura.

Com o tempo, os centros urbanos passaram a atrair mais habitantes, estimulando o êxodo rural. E as cidades deixavam de ser apenas pontos de comércio para se tornar zonas industriais.

Segunda Revolução Industrial

A Segunda Revolução Industrial foi marcada pela presença dos Estados Unidos entre as outras duas grandes potências da época: Inglaterra e França. Além do desenvolvimento tecnológico, o mundo no século 19 também vivenciava o progresso científico.

No norte da América, a corrida pela produção de automóveis levou o americano Henry Ford a criar um novo modelo de linhas de montagem. O Fordismo permitiu a redução de custos e do tempo de produção, e a produção em grande escala. Mas a popularização dos automóveis não seria possível se não fosse a descoberta do petróleo como fonte de energia.

Esse modelo foi aprendido, replicado e melhorado em diversos outros setores da indústria. Ele serviu como um pontapé para o aumento da produção e a redução dos preços dos produtos.

Terceira Revolução Industrial

Após a Segunda Guerra Mundial, enquanto os países envolvidos se reestruturaram, os Estados Unidos e a Rússia entraram de cabeça em uma grande disputa. Assim como no mercado, a competição incentivou o desenvolvimento tecnológico e a inovação nesses países.

Por um lado, era necessário fabricar alimentos e produtos cada vez mais baratos para atender aos países estrangeiros, que não tinham estrutura e dinheiro para retomar suas indústrias.

Por outro lado, era preciso investir na expansão das redes de rádio, TV, telefonia, computadores, satélites e meios de transporte. Tudo isso era fundamental para investigar o país inimigo, mostrar superioridade e explorar o espaço (Corrida Espacial).

Embora uma das motivações para evolução fosse o conflito e diversos danos tenham sido causados, os especialistas reconhecem o século 20 como um dos períodos de maior avanço tecnológico e científico.

Quarta Revolução Industrial

Na Indústria 4.0 observamos a modernização da estrutura dos meios de produção, além de uma mudança no planejamento e execução do desenvolvimento dos produtos. Máquinas e sistemas se conectam criando redes inteligentes capazes de controlar toda a cadeia de produção de forma autônoma.

Esses recursos permitem facilitar a rotina de gestores e operários, reduzir os erros e melhorar a produtividade, entre outros benefícios. Em alguns casos, os sistemas são capazes até de controlar processos inteiros, operando de maneira totalmente independente.

Além de requerer novas tecnologias, o cenário atual também pede por profissionais cada vez mais especializados, com foco em inovação. A expectativa é de que funções manuais e repetitivas possam ser assumidas por máquinas, enquanto os humanos deverão ocupar cargos que ainda nem foram criados ou são pouco conhecidos.

Principais benefícios da Indústria 4.0

A criação e utilização de tecnologias inteligentes permite automatizar processos operacionais e estratégicos que fazem parte do dia a dia das empresas. Ou seja, funções que antes eram desempenhadas pela mão de obra humana passam a ser realizadas por computadores.

Esse avanço permite que as indústrias se adequem às necessidades do mercado, tanto em nível de demanda quanto de exigência. Dessa forma, o investimento pode ser uma grande oportunidade para as empresas que querem ser mais competitivas.

Confira alguns benefícios que a Indústria 4.0 oferece às empresas:

Descentralização de dados

Os sistemas inteligentes são capazes de receber, analisar e gerar grandes volumes de dados, atuando de forma descentralizada. O processamento de informações permite o maior controle do que acontece na empresa e, como consequência, melhora a produtividade. Isso exige sistemas de computação em nuvem cada vez mais eficientes, capazes de compartilhar as informações entre diferentes dispositivos em um curto período de tempo.

Identificação e resolução de problemas

Mesmo os problemas operacionais e de maquinário já podem ser identificados através de sensores instalados nas fábricas de maneira estratégica. A tecnologia também permite realizar ajustes de maneira remota, solucionando os problemas com mais agilidade, evitando a inatividade, reduzindo a perda e o desperdício, e aumentando a produtividade.

Tomada de decisão

Através da programação de sistemas, as máquinas são capazes de tomar decisões rapidamente, com utilização de Big Data e Data Analytics. Além de reduzir as chances de erros, a solução otimiza o tempo da equipe e dos gestores, pois agiliza os processos e evita refações.

Modificações em tempo real

O tempo de adaptação às mudanças pode ser reduzido à instantaneidade, tanto na composição do produto quanto no processo de produção. Isso acontece porque máquinas de diversos setores são conectadas através do que chamamos de Internet das Coisas.

Personalização de produtos

Com um grande conjunto de dados e sistemas autônomos, essa tecnologia permite personalizar produtos com o mínimo de alteração no processo produtivo. Isso inclui a utilização de tecnologias de Impressão 3D e visa atender a nichos de mercado cada vez mais exigentes, criando e aproveitando novas oportunidades.

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